Síndicos sob pressão: quando a confiança vira risco
A função de síndico — muitas vezes ocupada por moradores sem formação específica — envolve grande responsabilidade financeira e jurídica. No entanto, em muitos condomínios, ainda há baixa fiscalização interna, falta de auditoria regular e pouca participação dos condôminos nas assembleias.
Especialistas alertam que o síndico deve ser visto como um gestor profissional, sujeito a regras claras, prestação de contas e, se necessário, responsabilização civil e criminal por má conduta.
Tecnologia e transparência como aliadas
Casos como o de Águas Claras têm impulsionado a adoção de ferramentas digitais de controle, como aplicativos com extratos em tempo real, auditorias independentes e empresas de administração terceirizada. Essas soluções ajudam a reduzir o risco de fraudes e facilitam a fiscalização por parte dos moradores.
Prevenção é o melhor caminho
Advogados especializados em direito condominial orientam que os moradores acompanhem de perto os gastos, solicitem balancetes periódicos e exijam relatórios de prestação de contas. Também recomendam que novos síndicos passem por treinamentos ou contratem assessorias para uma gestão mais segura e transparente.
Enquanto a investigação segue, o caso de Águas Claras se soma a uma crescente lista de escândalos em condomínios que mostram que o ditado “o barato pode sair caro” também se aplica à administração de onde se vive.