A PDG Realty recebeu uma proposta de aquisição por parte da SHKP Real Estate Development, uma das maiores incorporadoras de Hong Kong, o que pode marcar o fim da trajetória da empresa no mercado brasileiro. A proposta, não vinculante, prevê a compra de todas as ações da PDG por um valor de US$ 0,017 cada, totalizando US$ 29,6 milhões (aproximadamente R$ 171,7 milhões). A SHKP vê valor nos ativos da PDG, com um grande potencial para futuros lançamentos e alinhamento com sua estratégia de internacionalização, que inclui aquisições e reestruturações de empresas em dificuldades financeiras.
A PDG, que foi a maior incorporadora do Brasil em termos de lançamentos, vendas e valor de mercado entre 2010 e 2011, começou a enfrentar sérios problemas financeiros a partir de 2012. A empresa foi impactada por uma combinação de dificuldades operacionais, alta alavancagem e atrasos em obras, o que a levou a entrar com pedido de recuperação judicial em 2017.
Durante esse período, tentou lançar uma nova marca, mas não conseguiu recuperar a rentabilidade. Desde então, a PDG tem lutado para se reerguer, mas não conseguiu retomar sua posição no mercado de forma significativa.
No terceiro trimestre de 2024, a PDG registrou um prejuízo de R$ 274,4 milhões, o que representa uma piora de 22% em relação ao mesmo período de 2023, quando o prejuízo foi de R$ 225,7 milhões. Esse desempenho reflete a continuidade das dificuldades financeiras da empresa. Agora, a proposta de venda para a SHKP pode ser vista como uma saída para uma empresa que, apesar de ter sido um grande nome no mercado imobiliário brasileiro, não conseguiu superar seus problemas financeiros nos últimos anos.
Resumo da operação:
Proposta de aquisição: A SHKP, uma gigante imobiliária de Hong Kong, propôs comprar todas as ações da PDG Realty por US$ 29,6 milhões (cerca de R$ 171,7 milhões), o que resultaria no fechamento de capital da empresa.
Histórico de dificuldades: A PDG foi uma das maiores incorporadoras do Brasil, mas enfrentou sérias crises financeiras a partir de 2012, incluindo problemas operacionais e atrasos em obras, o que a levou a uma recuperação judicial em 2017.
Prejuízos contínuos: Em 2024, a empresa registrou um prejuízo de R$ 274,4 milhões no terceiro trimestre, piorando o resultado do ano anterior, o que evidencia a continuidade de sua crise financeira.
Por : Helisson Pelegrini CEO do SmartNews é responsável pela noticias do mercado imobiliário
