Especialistas do setor de tecnologia e economia alertam que uma eventual nacionalização da produção do iPhone nos Estados Unidos poderia provocar um aumento expressivo no preço final do aparelho — com projeções que indicam até o triplo do valor atual.
Atualmente fabricado majoritariamente na Ásia, especialmente na China e na Índia, o iPhone se beneficia de uma cadeia de produção altamente especializada, com custos significativamente mais baixos em comparação ao solo americano. Caso a Apple fosse obrigada a transferir toda sua linha de montagem para os EUA, o impacto sobre os custos operacionais seria imediato.
Segundo analistas consultados por economistas internacionais, o aumento de preço estaria diretamente ligado a três fatores principais: mão de obra mais cara, infraestrutura industrial menos desenvolvida para este tipo de montagem e a necessidade de reconfiguração completa da logística e fornecimento de peças.
Hoje, o modelo mais recente do iPhone custa, em média, cerca de US$ 1.000 nos EUA. Com a produção integral em território americano, esse valor poderia ultrapassar os US$ 3.000, inviabilizando o acesso ao aparelho para uma parcela significativa dos consumidores.
A discussão ganhou força após declarações de figuras políticas nos EUA favoráveis ao fortalecimento da indústria nacional como forma de reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros — especialmente em contextos de tensão geopolítica.
No entanto, especialistas ponderam que uma mudança drástica como essa exigiria investimentos bilionários em infraestrutura, anos de adaptação e, principalmente, poderia afetar o modelo de negócios da Apple, que hoje se apoia na eficiência global da sua cadeia de suprimentos.